terça-feira, dezembro 14, 2010

Vestidos de Formatura

Sábado. Calor que cola no corpo e não sai nem com um pai-de-santo expulsandoInventei de ir comprar o meu vestido de formatura com minha mãe. Em Osasco.
Entramos em um milhão de lojas, vestidos todos iguais, as cores repetidas, sempre vinho, roxo, cinza e verde escuro. Sempre longos, com pedrarias, extremamente bregas. Minha cabeça rodava, minha garganta estava se fechando, parecia até que eu tinha um abacaxi preso nela, tamanha era a dor. Estou extremamente gripada.
Uma velha que se dizia dona de uma das lojas em que entramos queria me empurrar um vestido roxo, e quando experimentei, fiquei parecendo uma berinjela. Acabei voltando pra Barueri mesmo, e fui ter numa loja boa. Achei um vestido do jeito que eu queria, exceto pela cor, que (engraçado, parece padrão essas cores pra roupas a rigor) era um cinza meio azul com um toque de roxo. Era bem apertado, tomara-que-caia, sem zíper. Tentei colocá-lo pelas pernas, não foi. Tentei então por cima, quando alcançou a altura do tórax, o vestido parou.Tentei tirá-lo e nada. Tentei puxá-lo pra baixo e minha situação só piorava. Puxei meus seios pra baixo, como se fossem bexigas, aí o vestido emperrou de vez. Comecei a chorar, a minha mãe falou " vou entrar pra ver como ficou" eu falei "não ficou" e ela entrou. Demorou bem uns cinco minutos pra ela parar de rir. Ria como se eu tivesse me travestido de salsicha de metal. Eu, chorando dentro do vestido, as mãos pra cima, pelada da cintura pra baixo, não podia me mexer. Até que a minha mãe passou o vestido em mim. É claro que ficou uma droga, e ficou pior que uma droga com o meu mau-humor.
Desistimos do meu vestido.
Acho que vou me formar de calça-jeans.